terça-feira, 7 de maio de 2019

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA PARA O 5º ANO

Demanda: Alunos do 5º Ano

Tempo previsto: O tempo de duração da intervenção dependerá do desenvolvimento dos alunos, levando em conta os resultados obtidos.

Objetivos:

Intensificar o atendimento pedagógico a todos os alunos do 5º anos garantindo maior tempo do dia letivo para o desenvolvimento de atividades de ensino, em Língua Portuguesa com foco no eixo da Leitura e em Matemática, na resolução de problemas.

Justificativa:

Após a análise dos dados obtidos através de atividades de diagnóstico e avaliação, aplicado nas classes do 5º. Diagnosticou-se a necessidade de um plano de intervenção para atender aos alunos que apresentaram resultados negativos relacionados à Língua Portuguesa e Matemática. Espera-se que esses dados sejam usados a serviço de um trabalho pedagógico emergencial que propicie a consolidação das capacidades de leitura e escrita das referidas classes para que os alunos tornem-se leitores mais proficientes.

Realizar um levantamento das possíveis dificuldades que impediram o acerto, por exemplo:

Em Língua Portuguesa:

·         Falta de leitura fluente do aluno;
·         Escrita com muitos erros ortográficos;
·         Pouco conhecimento dos diversos tipos de gêneros textuais e suas funções sociais;
·         Baixo nível de compreensão do que se lê;
·         Não compreende adequadamente o enunciado das questões;
·         Outros.

Em Matemática:

·         Dificuldade na leitura e interpretação de dados em gráficos, tabelas;
·         Pouco nível de compreensão na análise e resolução de problemas;
·         Não reconhece ou tem dificuldade de desenvolver atividades que envolvam figuras geométricas, tridimensionais, áreas, ângulos, etc.;
·         Não compreende adequadamente o enunciado das questões;
·         Outros.

A partir dos resultados do diagnóstico, elaborar atividades, considerando os descritores de Língua Portuguesa e Matemática que os alunos apresentaram mais dificuldades.

 Dar prioridade as metodologias de leitura que contemplem a discussão das questões propostas e que promovam a compreensão do texto lido:

- Leitura silenciosa pelos alunos;
- Leitura oral coletiva pelos alunos;
- Leitura oral pelo professor;
- Leitura compartilhada (entre grupos, entre meninos e meninas, entre até cinco alunos de leitura fluente, entre o professor e os alunos).

Nas atividades, trabalhar muito a compreensão dos enunciados. Ouvir os alunos para detectar suas dificuldades. Abrir uma discussão, concluída com o entendimento coletivo e correto do mesmo. Chamar a atenção para expressões diversas que aparecem nos contextos dos enunciados: somente, adequada, destacada, mediana, cuja, expressão, indica ideia que o texto defende (assunto principal), e outras possíveis.

Realizar um trabalho bem consistente em relação ao reconhecimento e à finalidade dos gêneros textuais (a diversidade de gêneros textuais que circulam na sociedade, seus modos de organização, suas finalidades e funções sociais).

Trabalhar simulados, pois eles podem oferecer várias possibilidades de interpretação.          

Acompanhar a evolução da aprendizagem de cada aluno através de atividades orais e escritas solicitadas individualmente.


Material de Apoio:

Textos de gêneros variados;
Livros, jornais, revistas;
Cartazes, data show, etc.

Recursos Humanos:

Professores regentes das turmas de 5º;
Professor articulador;
Direção;
Coordenação;
SME

 Avaliação:

Construir um instrumento simples e funcional que possibilite o registro dos avanços dos alunos em leitura/escrita e Matemática.
À escola compete iniciar a preparação de todos para a avaliação do SAEPE e SAEB . Criar o “clima do saepe e saeb” é pensar, sobretudo, nos avaliados e avaliadores. Manter os alunos e seus responsáveis informados e motivados. Visitar sempre as salas de aula das turmas que serão avaliadas, levando palavras que expressam entusiasmo, mostrando a importância da participação de cada um nesta avaliação, importância esta que transcende as paredes da escola, trazendo resultados para todo o país. Valorizar o momento da avaliação, surpreendendo os alunos com ações como: lanche especial, recreação diferenciada, etc.


ENTENDENDO O PROCESSO DE LEITURA

O professor e a formação de leitores: etapas e diversidade do processo da leitura

A leitura é uma das habilidades mais importantes e fundamentais que podem ser desenvolvidas pelo ser humano. É a partir da leitura de mundo que o aluno pode compreender a realidade em que ela está inserida e chegar a importantes conclusões sobre o seu mundo e os aspectos que o compõem.
A formação de leitores é uma das principais tarefas da escola. Para tanto, ela deve comprometer-se, através de um projeto educativo, com a intermediação da passagem do leitor de textos facilitados (infantis ou infanto-juvenis) para o leitor de textos de complexidade real. Com ajuda do professor e de outros leitores, o aluno pode desenvolver a competência leitora, pela prática de leitura.
A habilidade que se deve ter de leitura não é a de somente traduzir sílabas ou palavras (signos linguísticos), em sons, isoladamente (a decodificação). A boa leitura deve passar pelas etapas de decodificação, compreensão, interpretação e retenção (Cabral, 1986).

AS ETAPAS DE LEITURA

A decodificação
O aluno primeiramente decodifica os símbolos escritos. É uma leitura superficial que, apesar de incompleta, é essencial fazê-la mais de uma vez num mesmo texto. É o momento em que o aluno deve anotar as palavras desconhecidas para achar um sinônimo, passo importante para passar para a próxima etapa de leitura, a compreensão do que foi lido.

A compreensão
Após passar pela etapa da decodificação, o aluno deve captar o sentido do texto lido. Deve saber do que se trata o texto, qual a tipologia usada, compreender o que o autor pretendeu passar e ser capaz de resumir em duas ou três frases a essência do texto.

A interpretação
Na terceira etapa da leitura, o aluno deve interpretar uma sequência de ideias ou acontecimentos que estão implícitas no texto.
O aluno não encontrará facilmente as respostas no texto se não o compreendeu, pois apenas com uma boa compreensão o aluno conseguirá interpretar sentidos do texto que não estão escritos literalmente.

A retenção
Nessa última etapa, o aluno deve ser capaz de reter as informações trabalhadas nas etapas anteriores e aplicá-las: fazendo analogias, comparações, reconhecendo o sentido de linguagens figuradas ou subtendidas, e o principal, aplicar em outros contextos refletindo sobre a importância do que foi lido, fazendo um paralelo com seu cotidiano, aprendendo com isso, a fazer suas próprias análises críticas.

Papel do professor na formação de leitores:

• Favorecer a circulação de informações;
• Preocupar-se com a diversidade das práticas de recepção dos textos: não se lê uma notícia da mesma forma que se consulta um dicionário, não se lê um romance da mesma forma que se estuda. Não podemos submeter todos os textos a um tratamento uniforme;
• Construir pontes entre textos de entretenimento e textos mais complexos, estabelecendo as conexões necessárias para ascender a outras formas culturais. Assim, o aluno poderá estabelecer vínculos cada vez mais estreitos entre o texto e outros textos, reconhecendo o caráter ficcional e a natureza cultural da literatura.
• Refletir, questionar, traçar caminhos, orientar, motivar, oferecer condições para que o aluno aja, desencadeando, assim, o processo ensino-aprendizagem.
• Conhecer seus alunos no que diz respeito ao seu estilo de vida, culturas e ideologias; e tomar como ponto de partida as várias experiências vividas pelos alunos.

É bom lembrar que ler e escrever são um compromisso dos professores das outras áreas do conhecimento e não só do professor de língua portuguesa.
Condições favoráveis à formação de leitores:

• Biblioteca, para que sejam colocados à disposição dos alunos textos de gêneros variados, materiais de consulta nas diversas áreas de conhecimento, revistas, entre outros;
• Acervo de livros e outros materiais de leitura nas salas de aula, permitindo uma diversificação de leituras;
• Momentos de leitura livre, favorecendo a troca de experiência e dando a importância que a atividade merece.
• O professor deve também permitir que o aluno escolha suas leituras. É preciso trabalhar o componente livre de leitura, para que o aluno, ao sair da escola, não deixe os livros para trás.
• Envolver toda a comunidade escolar nesse processo de formação de leitores.

Sugestões didáticas para a formação de leitores competentes

Leitura autônoma: Através da leitura autônoma, o aluno vivencia situações de leitura com crescente independência da mediação do professor, aumentando a confiança em si como leitor e encorajando-se para aceitar desafios mais complexos.

Leitura colaborativa: Esta estratégia didática, em que o professor lê um texto com a turma questionando os índices linguísticos, é de grande importância para a formação de leitores, principalmente para sua compreensão crítica.

Leitura em voz alta pelo professor: Bons modelos de leitores, através da leitura compartilhada de livros e/ou textos, poesias, despertariam até mesmo alunos de séries mais avançadas.

Leitura programada: A leitura programada é ideal para se discutir coletivamente um título considerado difícil para os alunos, permitindo reduzir parte da complexidade da tarefa, compartilhando a responsabilidade.

Leitura de escolha pessoal: O objetivo explícito é a leitura em si; a criação de oportunidades para constituição de padrões de gosto pessoal. Desenvolve o comportamento do leitor, isto é, atitudes e procedimentos que os leitores assíduos desenvolvem a partir da prática de leitura. Os alunos escolhem o que desejam ler, comentam e sugerem.


Conclusão

O aluno só passará a gostar de ler e/ou escrever, se ele descobrir o prazer da leitura e/ou da escrita. Só se gosta daquilo que se conhece ou daquilo que desperta curiosidade.
Portanto, a leitura serve para formar leitores pensantes e críticos que saibam resolver problemas novos e jamais vividos. Não basta copiar o que o autor disse, tem que formular suas próprias ideias para defender ou criticar o autor, ou aplicar o novo conhecimento ao seu cotidiano.





















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