PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA PARA
O 5º ANO
Demanda: Alunos do 5º Ano
Tempo previsto: O tempo de duração
da intervenção dependerá do desenvolvimento dos alunos, levando em conta os
resultados obtidos.
Objetivos:
Intensificar
o atendimento pedagógico a todos os alunos do 5º anos garantindo maior
tempo do dia letivo para o desenvolvimento de atividades de ensino, em Língua
Portuguesa com foco no eixo da Leitura e em Matemática, na resolução de
problemas.
Justificativa:
Após
a análise dos dados obtidos através de atividades de diagnóstico e avaliação,
aplicado nas classes do 5º. Diagnosticou-se a necessidade de um plano de
intervenção para atender aos alunos que apresentaram resultados negativos
relacionados à Língua Portuguesa e Matemática. Espera-se que esses dados sejam
usados a serviço de um trabalho pedagógico emergencial que propicie a
consolidação das capacidades de leitura e escrita das referidas classes para
que os alunos tornem-se leitores mais proficientes.
Realizar
um levantamento das possíveis dificuldades que impediram o acerto, por exemplo:
Em Língua Portuguesa:
·
Falta de leitura fluente do aluno;
·
Escrita com muitos erros ortográficos;
·
Pouco conhecimento dos diversos tipos
de gêneros textuais e suas funções sociais;
·
Baixo nível de compreensão do que se
lê;
·
Não compreende adequadamente o
enunciado das questões;
·
Outros.
Em Matemática:
·
Dificuldade na leitura e interpretação
de dados em gráficos, tabelas;
·
Pouco nível de compreensão na análise
e resolução de problemas;
·
Não reconhece ou tem dificuldade de
desenvolver atividades que envolvam figuras geométricas, tridimensionais,
áreas, ângulos, etc.;
·
Não compreende adequadamente o
enunciado das questões;
·
Outros.
A
partir dos resultados do diagnóstico, elaborar atividades, considerando os
descritores de Língua Portuguesa e Matemática que os alunos apresentaram mais
dificuldades.
Dar prioridade as metodologias de leitura que
contemplem a discussão das questões propostas e que promovam a compreensão do
texto lido:
- Leitura
silenciosa pelos alunos;
- Leitura oral
coletiva pelos alunos;
- Leitura oral pelo
professor;
- Leitura
compartilhada (entre grupos, entre meninos e meninas, entre até cinco alunos de
leitura fluente, entre o professor e os alunos).
Nas
atividades, trabalhar muito a compreensão dos enunciados. Ouvir os alunos para
detectar suas dificuldades. Abrir uma discussão, concluída com o entendimento
coletivo e correto do mesmo. Chamar a atenção para expressões diversas que
aparecem nos contextos dos enunciados: somente, adequada, destacada, mediana,
cuja, expressão, indica ideia que o texto defende (assunto principal), e outras
possíveis.
Realizar
um trabalho bem consistente em relação ao reconhecimento e à finalidade dos
gêneros textuais (a diversidade de gêneros textuais que circulam na sociedade,
seus modos de organização, suas finalidades e funções sociais).
Trabalhar
simulados, pois eles podem oferecer várias possibilidades de interpretação.
Acompanhar
a evolução da aprendizagem de cada aluno através de atividades orais e escritas
solicitadas individualmente.
Material de Apoio:
Textos de gêneros
variados;
Livros, jornais,
revistas;
Cartazes, data show,
etc.
Recursos Humanos:
Professores regentes
das turmas de 5º;
Professor
articulador;
Direção;
Coordenação;
SME
Avaliação:
Construir
um instrumento simples e funcional que possibilite o registro dos avanços dos
alunos em leitura/escrita e Matemática.
À
escola compete iniciar a preparação de todos para a avaliação do SAEPE e SAEB .
Criar o “clima do saepe e saeb” é pensar, sobretudo, nos avaliados e
avaliadores. Manter os alunos e seus responsáveis informados e motivados.
Visitar sempre as salas de aula das turmas que serão avaliadas, levando
palavras que expressam entusiasmo, mostrando a importância da participação de
cada um nesta avaliação, importância esta que transcende as paredes da escola,
trazendo resultados para todo o país. Valorizar o momento da avaliação,
surpreendendo os alunos com ações como: lanche especial, recreação
diferenciada, etc.
ENTENDENDO O PROCESSO DE LEITURA
O
professor e a formação de leitores: etapas e diversidade do processo da leitura
A
leitura é uma das habilidades mais importantes e fundamentais que podem ser
desenvolvidas pelo ser humano. É a partir da leitura de mundo que o aluno pode
compreender a realidade em que ela está inserida e chegar a importantes
conclusões sobre o seu mundo e os aspectos que o compõem.
A
formação de leitores é uma das principais tarefas da escola. Para tanto, ela
deve comprometer-se, através de um projeto educativo, com a intermediação da
passagem do leitor de textos facilitados (infantis ou infanto-juvenis) para o
leitor de textos de complexidade real. Com ajuda do professor e de outros
leitores, o aluno pode desenvolver a competência leitora, pela prática de
leitura.
A
habilidade que se deve ter de leitura não é a de somente traduzir sílabas ou
palavras (signos linguísticos), em sons, isoladamente (a decodificação). A boa
leitura deve passar pelas etapas de decodificação, compreensão, interpretação e
retenção (Cabral, 1986).
AS ETAPAS DE LEITURA
A decodificação
O aluno
primeiramente decodifica os símbolos escritos. É uma leitura superficial que,
apesar de incompleta, é essencial fazê-la mais de uma vez num mesmo texto. É o
momento em que o aluno deve anotar as palavras desconhecidas para achar um
sinônimo, passo importante para passar para a próxima etapa de leitura, a
compreensão do que foi lido.
A compreensão
Após passar pela
etapa da decodificação, o aluno deve captar o sentido do texto lido. Deve saber
do que se trata o texto, qual a tipologia usada, compreender o que o autor
pretendeu passar e ser capaz de resumir em duas ou três frases a essência do
texto.
A interpretação
Na terceira etapa
da leitura, o aluno deve interpretar uma sequência de ideias ou acontecimentos
que estão implícitas no texto.
O aluno não
encontrará facilmente as respostas no texto se não o compreendeu, pois apenas
com uma boa compreensão o aluno conseguirá interpretar sentidos do texto que
não estão escritos literalmente.
A retenção
Nessa última etapa,
o aluno deve ser capaz de reter as informações trabalhadas nas etapas
anteriores e aplicá-las: fazendo analogias, comparações, reconhecendo o sentido
de linguagens figuradas ou subtendidas, e o principal, aplicar em outros
contextos refletindo sobre a importância do que foi lido, fazendo um paralelo
com seu cotidiano, aprendendo com isso, a fazer suas próprias análises
críticas.
Papel do professor na formação de leitores:
• Favorecer a
circulação de informações;
• Preocupar-se com
a diversidade das práticas de recepção dos textos: não se lê uma notícia da
mesma forma que se consulta um dicionário, não se lê um romance da mesma forma
que se estuda. Não podemos submeter todos os textos a um tratamento uniforme;
• Construir pontes
entre textos de entretenimento e textos mais complexos, estabelecendo as
conexões necessárias para ascender a outras formas culturais. Assim, o aluno
poderá estabelecer vínculos cada vez mais estreitos entre o texto e outros
textos, reconhecendo o caráter ficcional e a natureza cultural da literatura.
• Refletir,
questionar, traçar caminhos, orientar, motivar, oferecer condições para que o
aluno aja, desencadeando, assim, o processo ensino-aprendizagem.
• Conhecer seus
alunos no que diz respeito ao seu estilo de vida, culturas e ideologias; e
tomar como ponto de partida as várias experiências vividas pelos alunos.
É bom lembrar que
ler e escrever são um compromisso dos professores das outras áreas do
conhecimento e não só do professor de língua portuguesa.
Condições
favoráveis à formação de leitores:
• Biblioteca, para
que sejam colocados à disposição dos alunos textos de gêneros variados,
materiais de consulta nas diversas áreas de conhecimento, revistas, entre
outros;
• Acervo de livros
e outros materiais de leitura nas salas de aula, permitindo uma diversificação
de leituras;
• Momentos de
leitura livre, favorecendo a troca de experiência e dando a importância que a
atividade merece.
• O professor deve
também permitir que o aluno escolha suas leituras. É preciso trabalhar o
componente livre de leitura, para que o aluno, ao sair da escola, não deixe os
livros para trás.
• Envolver toda a comunidade
escolar nesse processo de formação de leitores.
Sugestões didáticas para a formação de leitores
competentes
Leitura autônoma: Através da
leitura autônoma, o aluno vivencia situações de leitura com crescente
independência da mediação do professor, aumentando a confiança em si como
leitor e encorajando-se para aceitar desafios mais complexos.
Leitura colaborativa: Esta
estratégia didática, em que o professor lê um texto com a turma questionando os
índices linguísticos, é de grande importância para a formação de leitores,
principalmente para sua compreensão crítica.
Leitura em voz alta pelo professor:
Bons modelos de leitores, através da leitura compartilhada de livros e/ou
textos, poesias, despertariam até mesmo alunos de séries mais avançadas.
Leitura programada: A leitura
programada é ideal para se discutir coletivamente um título considerado difícil
para os alunos, permitindo reduzir parte da complexidade da tarefa,
compartilhando a responsabilidade.
Leitura de escolha pessoal:
O objetivo explícito é a leitura em si; a criação de oportunidades para
constituição de padrões de gosto pessoal. Desenvolve o comportamento do leitor,
isto é, atitudes e procedimentos que os leitores assíduos desenvolvem a partir
da prática de leitura. Os alunos escolhem o que desejam ler, comentam e
sugerem.
Conclusão
O
aluno só passará a gostar de ler e/ou escrever, se ele descobrir o prazer da
leitura e/ou da escrita. Só se gosta daquilo que se conhece ou daquilo que
desperta curiosidade.
Portanto,
a leitura serve para formar leitores pensantes e críticos que saibam resolver
problemas novos e jamais vividos. Não basta copiar o que o autor disse, tem que
formular suas próprias ideias para defender ou criticar o autor, ou aplicar o
novo conhecimento ao seu cotidiano.